Simbologia: Os sistemas de sinalização de trilhas mais modernos incorporam logomarcas e símbolos, com cores de contraste (preto e amarelo) simplificadas o máximo possível, que permitem também passar informação aos usuários sobre o sentido preferencial e mudanças de direção ao longo do percurso da trilha, na qual deve ser feita nos momento iniciais do planejamento do trabalho na trilha, mas após a definição dos modos de viagem projetados para a mesma. Em locais onde ainda não foi definida uma logomarca, mas a sinalização é necessária, sugere-se o uso de setas direcionais simples como sinalização de percurso.
Intensidade de sinalização: É dividida em 05 classes:
Intensidade de sinalização: É dividida em 05 classes:
- Trilha Classe 01 - Mínima intervenção;
- Trilha classe 02 - Muito baixa intervenção;
- Trilha Classe 03 - Baixa intervenção;
- Trilha classe 04 - Média intervenção;
- Trilha Classe 05 - Alta intervenção.
Sinalização de trilhas de uso múltiplo: As trilhas podem ser utilizadas por pedestres, ciclista ou até cavaleiros assim se faz necessário um sinalização especial para alertá-los, pois seguindo a ordem de precedência mais usual é dito que cavaleiros têm precedência sobre pedestres e ciclistas, e pedestres tem precedência sobre ciclistas, sendo colocadas na entrada e também na sinalização educativa ao longo da trilha om alturas diferentes especificadas para cada um.
Técnicas para aplicação da sinalização:
Sinalização pintada: A sinalização pintada é a principal forma utilizada em todo o mundo para sinalizar trilhas, pois, além de erem feitas rapidamente, não degradam o ambiente, pois se deterioram facilmente. É recomendável colocá-las ao lado direito da trilha apenas verticalmente e horizontalmente com tamanhos de 10x10cm para pedestres e 20x20cm para ciclistas utilizando tintas sprays de cores preta e amarela;
Plaquetas e Balizas: Uma alternativa de sinalização de percurso também encontrada em trilhas ao redor do mundo é o uso de plaquetas fixadas em anteparos naturais, e balizas fixadas no solo. Esta alternativa de sinalização exige a fabricação e impressão, com antecedência, das plaquetas ou balizas, além do planejamento logístico necessário ao transporte dos materiais e sua fixação em campo. O principal inconveniente desta alternativa de sinalização é a sua vulnerabilidade ao vandalismo e a colecionadores de “lembranças”,
exigindo reposições frequentes das plaquetas e balizas;
Placas e tabuletas: são utilizadas quando se é necessário passar mais informações do que é possível com tintas sendo de formato retangular, com 50 x 10 cm. Recomenda-se que as tabuletas sejam fixadas diretamente em árvores a cerca de 2,5 metros do chão. A instalação de tabuletas é complementar e não substitui a sinalização pintada.
Placa de entrada de trilha – estrutura e organização da informação: Os textos da placa de entrada de trilha deverão ser bilíngues (português e inglês) e incluir outras línguas se o perfil do visitante internacional da área protegida assim o indicar. Em geral, é regra básica que a placa traga também um mapa da trilha com a localização da placa e levando em consideração a ansiedade do visitante não se deve utilizar textos longos e utilizar o máximo
possível de imagens e símbolos. As placas devem ser confeccionadas com os materiais que estiverem disponíveis, podendo ser de madeira, metal ou material sintético. A informação pode ser pintada, adesivada ou entalhada na placa e para aumentar sua durabilidade, sempre que possível instale a placa em local abrigado do sol e da chuva, e evite colocar a placa voltada para o poente.
O projeto de sinalização:
O projeto de sinalização é o documento que orienta a sinalização de uma trilha
ou trecho de trilha, o qual contém:
- O nome da unidade de conservação onde a trilha está inserida;
- O nome da trilha a ser sinalizada;
- O nome das trilhas de longo curso que eventualmente utilizem o percurso da trilha a ser sinalizada;
- A extensão total do trecho em quilômetros;
- A indicação se existe pernoite no trecho;
- O modo de viagem para o qual a trilha foi projetada;
- Os modos de viagem manejados na trilha;
- A classe da trilha;
- A intensidade de sinalização projetada;
- Os nomes dos pontos de acesso à trilha, suas coordenadas geográficas e seu endereço, caso exista;
- Um resumo dos trechos do plano de manejo da unidade que tratam da trilha;
- A logomarca a ser utilizada na sinalização;
- Uma legenda explicativa da sinalização utilizada;
- Uma tabela registrando todos os pontos relevantes para a sinalização com placas e tabuletas, com um registro de nome, altitude, coordenadas geográficas, distâncias e outras informações necessárias à sinalização;
- Um mapa ou croqui da trilha, indicando os principais pontos relevantes para a sinalização com placas e tabuletas.
Conceitos básicos de planejamento de trilhas:
Para os fins desse documento, uma trilha deve ser entendida como um percurso intencionalmente concebido e manejado em ambiente natural ou rural, com grau limitado de intervenção, para servir como atrativo turístico, equipamento recreativo ou como uma infraestrutura de transporte para modos de viagem não motorizados. Assim, por exemplo, uma trilha se diferencia de uma “picada” aberta clandestinamente por caçadores, ou um “carreiro” de animais, pois estes não possuem nem intenção de manejo nem execução
planejada, condições necessárias para caracterizar uma trilha.
Classificação de trilhas quanto seu formato e extensão:
Ponto de acesso: Ponto da trilha com acesso a transporte rodoviário ou fluvial, que pode ser utilizado para iniciar ou finalizar uma atividade na trilha. São os pontos que deverão ser sinalizados com placas de entrada de trilha, e onde poderão ser oferecidas facilidades aos usuários, como estacionamento e banheiros.
Travessias: Trilhas que cruzam uma determinada região ou unidade de conservação, entre dois pontos de acesso servidos por transporte motorizado.
Trilhas lineares: Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto, permitindo
acesso a um destino, mas exigindo que o visitante retorne pelo mesmo percurso de ida. Também conhecidas como trilhas “bate e volta”.
Trilhas circulares: Trilhas que iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso, passando por um ou mais destinos com um percurso que não se repete.
Trilhas em oito: Trilhas que, como as circulares, também iniciam e terminam no mesmo ponto de acesso seguindo um percurso sem repetição de caminho, mas possuem um ponto de cruzamento central, permitindo que sejam realizados dois percursos pelos visitantes, um mais curto e outro mais longo.
Circuitos: Redes de trilhas em uma determinada unidade de conservação ou região, com um ou mais pontos de acesso e que possibilitam diversas opções de percurso.
Trilhas com pernoite: Trilhas com tal extensão que não possa ser realizada em apenas um dia de caminhada, exigindo que o visitante realize pelo menos um pernoite na trilha. Como regra geral, considera-se que uma distância entre 15 e 20 km é razoável para um dia de caminhada. No entanto, em áreas de montanha e outros locais de relevo muito acidentado, recomenda-se planejar para um dia de caminhada uma extensão de trilha da ordem de 10km.
Trilhas de longo curso: Trilhas com mais de 100 km de extensão, cruzando e conectando unidades de conservação de diferentes categorias e esferas de governança. Geralmente exigem mais de 5 dias corridos para que sejam completadas, com diversos pernoites intermediários.
Fundamentos do planejamento de trilhas:
Segundo esta metodologia, adaptada pelo ICMBio à realidade nacional, alguns
conceitos são utilizados para caracterizar uma determinada trilha ou segmento
de trilha, a saber:
- Tipo da trilha (Trilhas terrestres e aquáticas);
- Classe da trilha (Trilha classe 1: Mínima intervenção; Trilha classe2:
- Muito baixa intervenção; Trilha classe 3: Baixa intervenção; Trilha classe 4: Média intervenção e Trilha classe 5: Alta intervenção);
- Usos manejados (Os usos manejados para uma trilha são geralmente um subconjunto de todos os usos permitidos na trilha);
- Uso projetado (Em conjunto com a classe de trilha identificada, o uso projetado vai definir quais serão os parâmetros de projeto que serão utilizados para a execução dos esforços de construção ou manutenção da trilha);
- Parâmetros do projeto (A largura do isso da trilha; O tamanho e frequência dos obstáculos presentes; A declividade da trilha (declividade média e declividade máxima); A inclinação lateral máxima; O menor raio de curvatura admissível e a largura e a altura do corredor da trilha).
Classificação de dificuldade de trilhas:
A NBR 15505-2 estabelece uma classificação baseada em quatro critérios (severidade do meio, orientação no percurso, condições do terreno e intensidade de esforço físico). Como são comuns situações onde visitantes leigos superestimam suas habilidades, recomenda-se, por precaução, exagerar para mais as dificuldades apresentadas e também em sua forma mais simplificada.
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